Tema Supernatural (instrumental)

The Legend of Kitan


FOGO... AR... ÁGUA... TERRA.



Depois que Aang e seus amigos venceram o senhor do fogo Hozai, acabaram com a guerra dos 100 anos...

O tempo passou e como tudo tem seu tempo, Aang partiu, e Korra teve de continuar a trazer paz e harmonia entre os dobradores e não-dobradores.

80 anos se passaram, e Korra se foi, mas seu espírito de Avatar ainda continua vivo em Kitan, o novo Avatar.
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Livro 1: fogo

Capitulo 1: Adeus, Bá Sing Se!

   Na cidade de Bá Sing Se, em uma casa simples, na parte nobre da cidade, Uma mulher, Kinary, está a ponto de da à luz, uma criança.
    -Huan, Huan... – gritava.
   -O que aconteceu?
   -Eu estou prestes a dar a luz! Me leve para a casa do ganso!
   -Venha, agora! – disse a ajudando a se levantar da cama, e logo a colocando em uma charrete.
   Quando chegaram, apressadamente, Kinary entrou em uma salinha e uma das enfermeiras impediu Huan de acompanhá-la.
   -O que acha que está fazendo?
   -Me desculpe senhor, mas terá de esperar aqui! – disse a enfermeira sorridente.
   -Mas ela é minha esposa!
   -Mas tem que esperar aqui! – continuou sorridente.
   Huan estava preocupado com a esposa, e com seu filho Shiro que estava na escolinha.
   Alguns minutos mais tarde, Huan ouviu o choro de uma criança, era seu filho que acabara de nascer.
   Outra enfermeira veio a ele.
   -Senhor Huan! – disse com mais séria.
   -Sim, o que aconteceu, está séria!
   -Sinto lhe informar, mas infelizmente sua mulher... – engasgou.
   -Fala o que tem minha mulher? – perguntou nervoso.
   -Ela não sobreviveu! Sinto muito!
   Huan se calou, sua expressão ficou abalada. Não acreditava no que acabara de ouvir.
   -Kinary, Kinary... –Berrava em quanto corria até o quarto onde estava sua esposa. Quando chegou ao quarto, se aproximou da cama onde ela estava deitada e se ajoelhou ao lado, pegando na mão já fria da esposa. –Kinary! – começou a chorar. –Eu não entendo, como... Por quê? –berrou Huan inconsolável!
   Depois que se acalmou a enfermeira lhe entregou o menino.
   -Este aqui é seu filho! Um menino lindo e saudável.
   -Parece com a mãe! – disse sorrindo enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. –Seu nome será Kitan, como eu e sua mãe Kinary havíamos combinado.
   Depois de um tempo, Huan buscou Shiro na escolinha, e contou a notícia para ele. O menino chorou muito.
   Ao entardecer, o velório foi feito em um campo onde era o cemitério da cidade. Huan, com Kitan no colo, jogou um buque com orquídeas brancas, e Shiro fez o mesmo. Ficaram lá por um bom tempo, abraçados.
   -Sei que continuará olhando por nós Kinary! – disse Huan meio baixinho.

   Três anos depois, Kitan fez sua primeira dobra de Terra, algo que herdou de Kinary. E quando completou seis anos, ganhou uma mascote de seu pai.
   -Kitan, Shiro... – chamou Huan.
   -Sim pai! – disseram ao mesmo tempo.
   -Quero que conheçam um novo membro da família! – disse, abrindo a porta e deixando um lindo filhote de onça da neve entrar. –É fêmea.
   Os dois ficaram maravilhados com o animalzinho.
   -Como ela se chama? – perguntou Shiro ao pai.
   -Eu não sei, escolham vocês!
   -Que tal... Gatonça? –todos riram.
   -Claro que não Shiro! – replicou Kitan. –O nome dela será... Sara!
   -É, concordo com você! – disse Shiro.

   12 anos se passaram, e os três já viviam em mais harmonia, ainda que a presença de Kinary fizesse muita falta. Huan abriu uma barraquinha frente a sua casa, onde vendia ervas medicinais, onde Shiro e Kitan foram trabalhar.
   Certa manhã, enquanto Huan abria a barraca, três bandidos se aproximaram, fingiram serem fregueses, e quando Huan baixou guarda, eles o atacaram. Um deu um soco no estomago, outro o fez cair no chão, enquanto outro roubava o pouco de dinheiro que havia na sacola que Huan levava na cintura. Kitan saiu e viu o que estava acontecendo, e correu para ajudar o pai, caído no chão.
   -Não Kitan, volte!
   -O deixem em paz! – berrou o menino dobrando a terra, jogando varias pedras nos bandidos.
   Kitan estava furioso, e quando tentou mandar mais pedras para acertar os bandidos, em seus punhos saíram fogo. Todos ali ficaram bobos. Os bandidos pegaram o dinheiro e saíram correndo, mas os dobradores de metal chegaram a tempo e os prenderam.
   -Pai, você está bem? – perguntou desesperado.
   -Filho! – exclamou surpreso. –Você... Você é o avatar! Bem que sua mãe dizia que você seria forte!
   Kitan não falou nada, mas ficou pasmo. Nunca imaginaria que pudesse ser o próximo Avatar.
   Shiro ficou sabendo do ocorrido quando chegou da escola, ficou preocupado quanto a seu pai, mas feliz quanto seu irmãozinho.

   Já era noite, e estava na hora do jantar, Kitan e Shiro estavam sentados na sala, onde em uma estante, uma TV repousava, mas não funcionava. Esperavam Huan com a comida, enquanto brincavam com Sara.
   -Meu irmãozinho, o Avatar?! Isso é maravilhoso!
   -Mas ele tem muito que aprender ainda! – disse Huan os chamando para jantar. –Amanhã vamos começar com o primeiro passo.
   Huan serviu o jantar e todos comeram, e logo foram dormir.
   De madrugada, um grande barulho foi ouvido, e acordou Huan e seus filhos. A barraca de ervas estava destruída.
   -Mas quem teria feito uma coisa dessas? – perguntou Shiro.
   -Não sei filho. Voltem para dentro, já passou!

   Bá Sing Se estava ficando violenta, Huan teve medo pelos seus filhos, e uma decisão precisou ser tomada.
   No dia seguinte, bem cedo, enquanto Kitan E Shiro tomavam o café da manhã, Huan deu a noticia...
   -Filhos, sentem-se!
   -Já estamos sentados pai! – disse Kitan rindo.
   -Bom, vou falar de uma vez! Kitan, eu vou mandá-lo para a Cidade da República!
   -Mas por quê? – perguntou.
   -Lá há como você treinar melhor para ser uma grande Avatar no futuro, a Lótus Branca irá recebê-lo!
   -Mas eu não quero ir, tenho amigos aqui, e...
   -Por favor, Kitan, não torne isso mais complicado! Sua mãe gostaria que aceitasse.
   -Shiro, fale alguma coisa!
   -Não posso, tenho que concordar com o papai, você precisa treinar, ainda tem de dominar a água e o ar, e sua dominação de fogo não é lá a melhor do mundo!
   Kitan não disse mais nada e foi para o quarto com Sara, e se trancou. Huan ia falar com ele, mas Shiro o impediu.
   -Pai, ele precisa de um tempo sozinho!
   -É, tem razão filho, tem razão!

   No dia seguinte, Kitan já estava bem mais calmo e já havia aceitado o que seu pai propôs. E foi falar com seu pai, que estava em seu quarto, olhando uma foto de Kinary e ele juntos.
   -Pai, eu posso entrar?
   -Claro filho, entre!
   -Me desculpe por ontem, eu não estava preparado. Queria lhe dizer que eu aceito ir para a Cidade da República!
   -Meu filho, sente-se aqui!
   Kitan se sentou na cama, ao lado do pai, e Huan prosseguiu:
   -Nunca quis que isso acontecesse, mas você agora tem muito a cumprir, e tem um grande futuro, mas precisa se preparar para ele!
   -Sim, porque eu sou o Avatar, não é?
   -Sim! Mas não é só por isso que quero que vá.
   -Mas então, qual outro motivo?
   -Lá te deixarei em mais segurança, e a Lótus Branca vai cuidar muito bem de você!
   -Eu sei que se preocupa muito comigo, comigo e com Shiro.
   -Estou feliz que tenha entendido!
   -Eu te amo pai! – disse abraçando forte Huan.
   -Eu também!

   No dia seguinte, bem cedo, a Lótus Branca bateu a porta da casa de Kitan, vieram buscá-lo. Kitan já estava de malas feitas, e levaria Sara consigo.
   Chegara a hora de se despedir!

   -Pai, Shiro... Vou sentir muito a falta de vocês!
   -Nós também filho!
   -Se cuidem e mandem cartas!
   -E você o mesmo, irmãozinho!
   Os três se abraçaram, algumas lágrimas foram inevitáveis, e Sara os derrubou, lambendo o rosto de Shiro e Huan.
   -Vamos sentir sua falta também, Sara! – disse Shiro.
   Lá estava Kitan e Sara no navio, acenando com a mão ao seu pai e seu irmão. Kitan os ficou olhando até que eles desaparecessem no horizonte.
   -É Sara, agora vamos ser você e eu!
   Sara grunhiu, e Kitan fez carinho em sua cabeça.
   Passaram-se mais de uma hora, e Kitan estava cansado, recostado na grade do navio, observando a água. Logo se ouviu um apito, e Kitan disparou o olhar para o horizonte. Logo ele viu os grandes prédios e arranha-céus da Cidade da República, e a memorável estátua de Aang.
   -Veja Sara, nós chegamos! É incrível.
   -E talvez goste mais ainda! – disse uma voz vinda de trás.
   -Quem é você?
   -Meu nome é Codah. – disse um homem alto, com cabelos longos e rabo de cavalo, de olhos negros, e pele parda, com uma roupa muito elegante, um terno cinza escuro e gravata, de 45 anos, muito metido. –Você é?
   -Meu nome é Kitan, e essa é minha mascote, Sara! – se apresentou.
   -Ou, espere um pouco, você é o novo avatar, não é?
   -Sim, como sabe disso?
   -Está dando nos noticiários na TV, que o avatar voltou, e o capitão me disse!
   -Sério, na TV?
   -Sim, está muito famoso rapazinho, todos querem conhecer logo o seu herói.
   -Herói é?
   -Sim, claro! Já domina todos os elementos não é?
   -Não, ainda não, mas vim aqui para aprender.
   -Que pena, mas acredite você aprenderá logo, eu tenho certeza disso! – disse sorrindo.
   -Assim espero!
   -Já estamos no porto, vamos descer! Que tenha uma ótima estadia aqui nesta cidade, você e... – disse com cara de nojo. –E este animal.
   -Obrigado, igualmente.
   Codah partiu em direção a duas malas logo à frente, e as pegou, seguindo direto para a saída do navio.
   -Esse cara, esquisito não é Sara?
   Sara concordou dando uma bufada.

   Eles desembarcaram Kitan não havia levado nada, pois havia recebido a informação de que não precisaria de nada.  Ao descerem, muitas pessoas estavam aguardando parentes e amigos, e no meio de tanta gente, um senhor de roupas azuis, e com um símbolo da Lótus Branca em um broche que estava em seu peito.
   -Olhe Sara, deve ser ele quem vai nos ajudar.
   Kitan, e Sara passaram pelo meio do povo, e muitos se assustaram com a onça gigante e Kitan teve de confortá-los.
   -Calma, ela não vai ferir ninguém!
   -Como sabe? Bichos assim são astutos, não se pode confiar! – disse uma senhorinha baixinha, de cabelos brancos, e pele enrugada, com uma cara de brava.
   -Não se preocupe, ela está comigo desde que eu era pequeno, ela nunca fez mal a ninguém!
   A senhoria saiu resmungando, e Kitan riu.
   Logo estavam á frente do homem que vestia a roupa da Lótus Branca, era alto, e seus cabelos eram curtos, sua aparência era séria, e parecia bem forte, julgando pelos ombros largos.
   -É você o novo avatar? – perguntou com voz de autoridade.
   -Sim, me chamo Kitan, e essa é minha mascote, Sara. Como se chama?
   -Me chamo Shendye, e vou guiá-lo até o monte da Lótus Branca! Sigam-me, mas sem mais perguntas, ok?
   Kitan não disse mais nada, e o seguiu.
   O monte da Lótus Branca é onde fica o que eles chamam de templo, em uma montanha baixa que fica entre varias outras que limitam a cidade.

   Ao adentrarem cada vez mais na cidade, Kitan percebia que havia cada vez mais gente, que sempre olhavam admirados ou assustados para Sara.
   Andando, passaram por uma loja de eletroeletrônicos, e na vitrine, varias TVs que passavam o mesmo canal de noticias. Kitan parou e ficou vendo aquilo, e algo lhe chamou muita atenção. Fotos dele e de Sara apareceram e uma mulher começou a anunciar...
   -E agora grandes noticias, o avatar voltou! E está aqui na Cidade da República! – dizia a repórter.
   A repórter logo apareceu na tela, uma mulher morena, de cabelos castanhos, de 35 anos, com uma roupa social bege clara.
   -Logo mais, teremos mais noticias por Codah. Obrigada!
   As pessoas que passavam ali reparavam em Kitan, e um homem de terno preto que também parou, para ver as noticias, ficou olhando.
   -É você! – disse surpreso. –É uma honra!
   -Obrigado!
   -Kitan, vamos logo! – chamou Shendye.
   Kitan e Sara o seguiu e logo estavam ao pé da montanha, onde havia uma escadaria para chegar até templo.
   Mas como será que eles tiraram aquelas fotos? – pensava o jovem avatar.
   Quando terminaram de subir, lá estava um senhor, de pouco cabelo e barba branca.
   -Kitan, este é Tishi, seu conselheiro do mundo espiritual.
   Depois de apresentar Tishi, Shendye os deixou a sós.
   -Kitan, é um prazer enorme ajudar você em sua jornada! Vamos entrar e descansar nós vamos ter muito tempo para nos conhecer, não é verdade?
   -Sim!
   Enquanto eles iam entrando no templo, Sara veio logo atrás de Tishi e pulou em cima dele e começou a lamber seu rosto...
   -O que é isso? Eu vou morrer! Fuja Avatar!... – exclamava assustado.
   -Não, não se preocupe. –disse rindo. –Essa é minha mascote, Sara! Ela não fará mal a ninguém!
   -Então a tire de cima de mim! – gritou.
   -Vamos Sara, agora chega! – disse rindo.
  
   Eles entraram, Kitan teve que limpar os pés e pedir licença aos espíritos puros que estavam no lugar.

   -Antes de entrar, deve limpar as solas dos sapatos no tapete! – disse Tishi dando o exemplo. –E deve agora, fazer uma reverencia, em sinal de respeito e um pedido de licença para os espíritos puros que habitam o templo.
   -Acho que talvez, eu vou levar um tempo para me acostumar com isso.
   -Mas não se preocupe se acostumará!

   Depois da disso, entraram em uma salinha, onde havia uma mesinha baixa e almofadas ao redor. Kitan se sentou e Tishi serviu um Chá.

   -Humm, é você quem faz o chá?
   -Sim, aprendi com meu avô que aprendeu com o maior fazedor de chá de todo o mundo.
   -E quem é?
   -Se chamava Iroh, e foi dono de uma grande casa de chá, de Bá Sing Se chamada “Dragão Jasmim”.
   -A sim, essa loja de chá ainda existe! Ia sempre com meu pai e meu irmão lá. Na parede, tem um retrato em memória do Iroh.

   -Será uma honra tomar chá algum dia!

   Depois do chá, Tishi mostrou o quarto onde Kitan se instalaria, havia uma estante logo perto da porta (que era de correr), um pequeno guarda-roupa no lado esquerdo, e uma cama no lado direito, e no chão ainda havia um tapete com um desenho de onça pintada.
   -Agora vou te deixar descansar. Amanhã quero ver o que sabe fazer, rapazinho!
   -Tudo bem! Só uma pergunta, Sara pode dormir comigo aqui no quarto? Ela não é acostumada a dormir sozinha e fora de casa.
   -Se ela se comportar, tudo bem!
   Ao dizer isso, Sara pulou pela janela e derrubou Tishi, lambendo seu rosto todo.
   -Socorro, ela vai me comer!
   -Sara, sai de cima dele.
   Tishi se levantou e ficou com uma cara séria.
   -Boa noite! – disse fechando a porta, mas sorriu enquanto andava pelo corredor.
   Kitan deitou e se cobriu, deixou a janela aberta, estava uma noite linda, e fresca. Sara deitou no tapete.
   -É Sara, amanhã vamos começar um dia novo.


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